O trabalho consiste na análise preliminar da diversidade faunística conhecida, até ao momento, na jazida de Andrés. Esta jazida é conhecida desde a década de 1990 devido à descrição da primeira evidência robusta de um membro do género Allosaurus fora da América do Norte. Contudo, trabalhos de escavação mais recentes, realizados nos anos de 2005 e 2010, revelaram uma diversa fauna de vertebrados, incluindo peixes, esfenodontes, crocodilomorfos, pterosaurios e, pelo menos, sete formas distintas de dinossáurios. Os trabalhos resultaram também na descoberta de uma importante colecção de novos restos identificados a Allosaurus, nomeadamente abundantes elementos craniais. Estas novas evidências permitirão testar a hipótese filogenética apresentada previamente que relaciona os primeiros restos de terópode da jazida de Andrés à espécie A. fragilis.
Devido ás condições de preservação, diversidade e abundância de restos osteológicos, esta jazida constitui uma referência para o estudo dos vertebrados do Jurássico Superior português.Estes trabalhos decorreram com a participação de elementos do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT-Sociedade de História Natural.
Na imagem, Elisabete Malafaia, do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT-Sociedade de História Natural e bolseira de Doutoramento (MHNUL) no âmbito do projecto PTDC/ CTE-GEX/ 67723/ 2006 “Estudo da Fauna de Vertebrados do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica e Implicações Paleobiogeográficas (VERT-JURA) financiado pela “Fundação para a Ciência e a Tecnologia” (Portugal), com material exumado da Jazida de Andrés.