sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Paleotaxonomists in extinction, but "We Will Survive"




Encontrámos no Jornal Público uma história que nos chamou a atenção. O seu título é "Eis uma espécie que não está em extinção: os taxonomistas". Este artigo fala sobre um estudo que lista alguns pontos curiosos:
  • Dos quase dois milhões de espécies existentes, apenas um milhão e meio são válidos (o resto são considerados sinónimos possíveis de espécies).
  • As espécies que ainda são desconhecidas podem ir ao cem milhões.
  • Há um universo de 47.000 taxonomistas.

Parte triste da notícia... Onde estão os taxonomistas em Paleontologia?

Pois.... eles não estão. Uma vez mais ignorados. Multiplique o número de espécies desconhecidas (por exemplo, metade, 50 milhões) e ao aceitarmos que uma espécie pode durar cerca de 5 milhões de anos (razoável para um dinossauro), então, desde do Paleozóico os paleontólogos teriam 5400000000 novas espécies para descobrir. É claro que a evolução geológica do nosso planeta tem eliminado a maioria, mas mesmo assim, o número de espécies paleontológicas por descobrir parece-nos enorme.

Com este cenário, perguntamos: onde estão os taxonomistas em Paleontologia? Bem, em extinção! E com a atual conjuntura, há cada vez menos pessoas a poder estudar o registo fóssil. Só em Portugal, não devem ser mais de 50 taxonomistas em Paleontologia.

Esta é a realidade da taxonomia em Paleontologia, uma ciência que nos últimos anos alimentou toda uma indústria interessada pelos fósseis (em particular a cinematográfica). Contudo, não temos outra hipótese se não depender de bolsas que tardam em sair ou de um posto de trabalho que nunca irá aparecer.

Um futuro incerto pela frente, pelo menos na Península Ibérica. Muitos fósseis e poucos paleontólogos.

No entanto, We Will Survive.



Os devidos créditos ao blogue Godzillin

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