segunda-feira, 28 de novembro de 2011

XXV FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS


XXV FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS

7 a 11 Dezembro 2011
HORÁRIO:       
          7 Dezembro      - das 15.00 h às 20.00 h
8, 9, 10 Dezembro       - das 10.00 h às 20.00 h 
         11 Dezembro      - das 10.00 h às 18.00 h
LOCAL: (entrada livre)
MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA
Rua da Escola Politécnica, 60 1250-102 Lisboa

PRATA E OUTROS METAIS PRECIOSOS

Por ocasião da 25ª edição da Feira Internacional de Lisboa de Minerais, Gemas e Fósseis, o Museu Nacional de História Natural entendeu ser oportuno dedicar a Feira aos metais preciosos, com relevo para a prata.
Por existirem nativos, isto é, por ocorrerem isolados na natureza, e sendo neste caso muito atraentes, são usados como adorno desde a mais remota antiguidade. Mas os metais preciosos não são utilizados apenas em joalharia. O ouro e a prata, em particular, foram desde sempre moeda de troca. Este papel tem-se reduzido, em função da perda de importância das moedas, mas, em compensação, os metais preciosos crescem como investimento nos tempos em que a economia não oferece segurança. Por outro lado, não são poucas as aplicações industriais dos metais preciosos, em função das suas propriedades “nobres”, de baixa reactividade, e altas condutividades eléctricas e térmicas.
O fascínio exercido pelos metais preciosos continua e a Feira faz-se eco deste facto, divulgando saberes mineralógicos e químicos, e expondo exemplares de grande beleza.

domingo, 27 de novembro de 2011

Visita de estudo de fim de semestre da PaleoGeo/FCUL ao Jurássico superior de Torres Vedras



Uma panorâmica, num dia de sol excelente para a actividade
A caminho de uma das jazidas com vertebrados (dinossauros)
Realizou-se ontem, sábado dia 26 de Novembro, a tradicional visita de estudo de fim de semestre de alunos de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, no âmbito da Cadeira de Paleontologia, da responsabilidade dos Profs. Drs. Mário Cachão e Carlos Marques da Silva. Este ano, e aproveitando as excelentes relações entre o Departamento de Geologia da FCUL e a ALT-Sociedade de Historia Natural, procedeu-se a uma visita ao litoral de Torres Vedras. Aos alunos foi possível observar a estratigrafia do membro geológico de Porto Novo (Formação da Lourinhã),  constituído por uma sequência de ambiente de deposição do tipo fluvial meandriforme que se caracteriza por um canal fluvial principal de 5-9m de profundidade e um certo número de distributários (3-4m de profundidade). Os depósitos fluviais são formados essencialmente por conglomerados de nódulos argilosos e carbonatos pedogénicos, com espessas intercalações de arenitos. A dimensão dos depósitos areníticos sugere um canal com um comprimento de  cerca de 500 Km que drenava uma bacia com uma área de 15-35 000 Km2.  Neste membro ocorrem numerosos vestígios de vertebrados fósseis, pelo que os alunos puderam observar in situ ossos de dinossauros e outros vertebrados, depreendendo alguns aspectos da paleoecologia e tafonomia associada a estes animais.
Ok, não se vê pela turba, mas estava ali uma vértebra de dinossauro
Outra jazida, com ossos de dinossauro. 

Da parte da tarde, foi feita uma visita guiada ao Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT-SHN, bem como à área de reserva da  Colecção Paleontológica de Referência. Aqui, foi-lhes dado noções sobre os processos metodológicos aplicados em várias fases do estudo de vertebrados fósseis, desde a escavação à preparação em laboratório. Aproveitando o vasto espólio existente, os alunos tiveram a noção da diversidade de vertebrados fósseis existentes na colecção, quais os principais grupos de dinossauros presentes e em que ponto nos encontramos no (re)conhecimento das faunas que compunham os ecossistemas do Jurássico Superior de Torres Vedras e a sua relação com as faunas de formações geológicas sincrónicas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ciclo de Conferências no GeoFcul

O Núcleo de Estudantes de Geologia da Faculdade de Ciências retoma o Ciclo de Conferências iniciado no ano lectivo transacto. Assim, no dia 21 de Novembro decorrerá uma conferência proferida pelo Professor Doutor José Mirão sobre Geologia do Património. Pelas suas palavras: "o objectivo geral é demonstrar como o que os alunos de Geologia aprendem pode ser útil numa outra área e integrado em equipas multidisciplinares".

Planeamento:
1. Apresentação;
2. Definições gerais e objectivos;
3. Técnicas e aplicações;
4. Casos de estudo.



Venham assistir e sintam-se à vontade para partilhar esta informação.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VII Encontro Nacional de Biologia Evolutiva

O VII Encontro Nacional de Biologia Evolutiva terá lugar no dia 21 de Dezembro de 2011, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (mapa), e com o apoio do Museu da Ciência e do CIBIO.

Estão abertas inscrições para o Encontro que aceita participantes com ou sem comunicação. As submissões de comunicação (oral ou poster) devem ser feitas para o endereço: biologia.evolutiva@gmail.com até 20 de Novembro de 2011. Serão seguidamente avaliadas por uma Comissão Científica do Encontro. O formato de submissão deve obedecer às normas.

No decorrer do VII Encontro será formalmente constituída a
Sociedade Portuguesa de Biologia Evolutiva.

Irá ser organizado um workshop pré-encontro, no dia 20, sobre 'Science Communication'. Informações sobre os convidados e inscrições serão dadas dentro de dias.

Ajude a divulgar: descarregue e afixe cartaz no seu local de trabalho. Mais informações em http://www.biologia-evolutiva.net/

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ciclo de palestras “Allosaurus: um dinossáurio, dois continentes?”

Ciclo de palestras “Allosaurus: um dinossáurio, dois continentes?”

O Museu Nacional de História Natural e da Ciência organiza um ciclo de pales­tras no âmbito da exposição Allosaurus: um dinossáurio, dois continen­tes?, de 9 a 30 de Novembro, às 18h00, no auditório Aurélio Quintanilha.

Programa:
9 de Novembro
Na peugada dos Dinossáurios: memórias do Museu
Oradores: Pedro Dantas, Vanda F. Santos, Elisabete Malafaia
(Investigadores do MNHN)

16 de Novembro
O que há de novo sobre Allosaurus da jazida de Andrés?
Oradores: Elisabete Malafaia, Bruno Ribeiro
(Investigadores do MNHN)

23 de Novembro
Um ambiente jurássico: Andrés há 150 milhões de anos
Oradores: Nuno Pimentel*, Pedro Dantas**
(*Professor de Departamento de Geologia da FCUL | **Investigador do MNHN)

30 de Novembro (data a confirmar)
O Atlântico Norte e a Península Ibérica no tempo de Allosaurus
Oradores: José Carlos Kullberg, Rogério Rocha
(Professores do Departamento de Ciências da Terra da FCT/UNL)

Moderadores:
A.M. Galopim de Carvalho
Fernando Barriga
(Professores do Departamento de Geologia da FCUL | Ex-Directores do MNHN)


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Serra de Montejunto ameaçada

Embora não esteja directamente relacionado com a paleontologia, não podemos deixar de alertar para o perigo que neste momento ameaça a integridade geológica, paisagística e principalmente a biodiversidade da Serra de Montejunto.
Treze anos após a declaração de Área de Paisagem Protegida, a Serra de Montejunto encontra-se ameaçada por um projecto de construção de um parque eólico constituído por mais de vinte aerogeradores que, caso o projecto venha a ser aprovado, irá implantar uma "nuvem" de mais de vinte destas torres por toda a zona das Fontaínhas (vertente Leste da Serra de Montejunto). A zona das Fontaínhas é particularemnte sensível devido às grutas que servem de habitat a morcegos, sendo igualmente de destacar a presença de aves de rapina, entre elas a Águia de Boneli. Além disso é uma zona rica do ponto de vista arqueológico e espeleológico.

Este alerta chegou até nós através do Espeleo Clube de Torres Vedras (ECTV), instituição com longa tradição e currículo no que à valorização e estudo da Serra de Montejunto diz respeito. Na sequência deste alerta decorreu, no sábado passado, dia 22 de Outubro, um encontro com associações de carácter ambiental com vista a não só a divulgar e conhecer melhor, no terreno, a realidade como também para delinear uma estratégia de intervenção cívica que permita sensibilizar a sociedade e os poderes políticos para o que está em risco.

Estiveram presentes representantes do ECTV, da ALAMBI (Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente de Alenquer), da ALT - Sociedade de História Natural, e da QUERCUS (Associação Nacional de Conservação da Natureza)


A ALT - Sociedade de História de Natural vê com preocupação e perplexidade não só o projecto em si, mas principalmente o exemplo desta situação que, a concretizar-se, significará a perda definitiva de um património irrepetível. A escolha que está em cima da mesa é esta: ou se tem um parque eólico, ou se tem uma Área de Paisagem Protegida... 

Poderá acompanhar este asssunto a partir do portal da ALAMBI.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

I Congresso de Jovens Investigadores em Geociências, Estremoz (1 a 4/10/2011)


Decorreu nos dias 1,2,3 e 4 de Outubro de 2011 a primeira versão do Congresso Nacional de Jovens Investigadores em Geociências em Estremoz organizado pelo Centro de Ciência Viva de Estremoz e pela Universidade de Évora, contando ainda com a colaboração do GeoClube. A ALT-Sociedade de História Natural (Torres Vedras) em conjunto com investigadores da Universidad Autónoma de Madrid (UAM), Universidade Nacional de Educación a Distancia (UNED) e da Fundação Dinópolis (Teruel) apresentou neste congresso a seguinte comunicação:
Mocho, P.; Ortega, F.; Royo-Torres, R. & Silva, B. (2011): Estado do conhecimento sobre os saurópodes do Jurássico Superior de Portugal. Livro de Actas do I Congresso Nacional de Jovens Investigadores em Geociências, Estremoz:

Resumo: Iniciado no séc. XIX, o estudo dos saurópodes do Jurássico Superior português progrediu paulatinamente até ao final do século XX. Até então, a relação entre o registo fóssil português e o registo do Jurássico Superior da Formação de Morrison (E.U.A.) era consensual. Contudo, estudos recentes revelam que as formas existentes possuem carácter endémico, tendo sido formalizados três táxones: um diplodocídeo, Dinheirosaurus; um representante basal de Macronaria, Lourinhasaurus, e um Titanossauriforme, Lusotitan. O registo fóssil sugere ainda a presença de Turiasauria e um possível Camarasaurus. Futuros estudos filogenéticos são necessários para confirmar as propostas sistemáticas existentes e assim adicionar nova informação para a compreensão do complexo padrão paleobiogeográfico dos saurópodes do Jurássico Superior.


Abstract: The study of the Portuguese Upper Jurassic sauropods began in the 19th century and progressed slowly until the end of the 20th century. Until that time, Portuguese sauropods were related to North American forms (e.g. Apatosaurus and Brachiosaurus). However, recent works have been shown a more endemic status for sauropod fossil record of the Portuguese Upper Jurassic. In last 15 years three new taxa have been formalized: a diplodocid, Dinheirosaurus; a basal macronarian, Lourinhasaurus; and a titanosauriform, Lusotitan. The fossil record also suggests the presence of eusauropods (Turiasauria) and a possible Camarasaurus. Future phylogenetic analyses are needed to properly understand the paleobiogeography of Portuguese Upper Jurassic sauropods.

Este congresso apresentou-se como uma importante iniciativa na organização de um congresso direccionado para os jovens investigadores em geociências, iniciativa que há muito faltava no nosso país. Neste evento participaram ainda vários investigadores convidados de renome nacional e internacional, como por exemplo o Doutor Fernando Noronha da Universidade do Porto. 

Sala de conferências (Foto do Geoclube)

Nos dois últimos dias do congresso ainda houve espaço para duas saídas de campo à Serra do Marão e ao Maciço de Morais (Trás-os-Montes), dirigidas pelo Doutor Carlos Coke (UTAD)  e pelo Doutor José Feliciano (FEUP & LNEG).

 Doutor Carlos Coke (UTAD) na Serra do Marão (foto do Geoclube)

Maciço Morais (Trás-os-Montes) em pleno Ofiolito superior. (Foto do Geoclube)

domingo, 2 de outubro de 2011

Breve síntese sobre a Campanha Paleontológica 2011 (with an english version)

Escavação da Jazida TV_SPC.08
Decorreu de 10 a 25 de Setembro mais uma Campanha Paleontológica levada a cabo pela ALT-Sociedade de História Natural (ALT-SHN). Este ano, procedemos a mais uma escavação de um dinossauro, desta vez em Cambelas. Esta jazida já havia sido intervencionada em 2003, sendo que este ano foi aberto um novo sector. Esta jazida ofereceu restos de um grande saurópode (vértebras, fémur) na anterior campanha aqui executada (em 2003), a par de ossos pertencentes a outros dinossauros de menor porte. As características sedimentares da camada onde se inserem os ossos sugerem uma deposição secundária dos mesmos, ou seja, que os restos destes animais, após enterrados num leito de um rio, terão de novo sido remobilizados, talvez por um episódio de grande energia hídrica (como uma grande cheia), que então removeu esses mesmos materiais e os terão colocado noutra zona. O novo sector intervencionado permitiu definir os limites e extensão da jazida, tendo-se encontrado elementos pertencentes a crocodilos, peixes, dinossauros (herbívoros e carnívoros) e tartarugas.

Identificação e registo de uma nova jazida com dinossauros
Mas as actividades de campo não se restringiram apenas a escavações. Foram ainda realizados trabalhos de prospecção paleontológica, os quais resultaram na descoberta de três novas jazidas com dinossauros, trilhos com pegadas destes últimos animais e outros compostos exclusivamente por pegadas de tartarugas e possivelmente de répteis voadores. Esta ultima descoberta surpreendeu-nos, pois a sua extensão é enorme e é potencialmente adequada a uma musealização in situ. Neste âmbito foram ainda registadas várias jazidas contendo espécimes pertencentes á famosa tartaruga fóssil de Torres Vedras, Selenemys lusitanica. A equipa procedeu ainda à monitorização e minimização de impactes de muitas jazidas do concelho de Torres Vedras, com acesso difícil e cuja escavação é impossível, de forma a ir registando novos vestígios expostos pela erosão das arribas e tentar exumar o máximo de elementos possíveis, de forma que não se percam estes importantes achados e se recupere o máximo de informação científica.

Registo 3D de vestígios paleontológicos
Clique na imagem, para ver levantamento em 3D
A grande inovação deste ano foi, contudo, o inicio da utilização de imagens 3D para registo. Existem centenas de jazidas registadas no Sistema de Informação Geográfico Aplicado à Paleontologia, desenvolvido pelo nosso Departamento de Informação Geográfica, desde trilhos de pegadas a grandes blocos contendo ossos de dinossauros, que em muitos casos estão na linha de influência das marés ou que pela sua localização no fundo das arribas do Concelho são praticamente impossíveis de remover. Para que não se perca essa informação, estamos a proceder ao seu registo tridimensional, para efeitos de salvaguarda e memória futura, estudo científico em laboratório e aplicação em futuros processos museológicos. Estamos muito satisfeitos com a aplicação destas novas tecnologias e estamos a desenvolver parcerias no sentido de explorar ao máximo a sua aplicabilidade no património paleontológico de Torres Vedras. Para além dos membros da ALT-SHN, participaram estudantes de geologia da Universidade de Lisboa e investigadores do Grupo de Biologia Evolutiva da UNED (Madrid, Espanha). 

Os trabalhos foram apoiados pela Câmara Municipal de Torres Vedras, Junta de Freguesia de São Pedro da Cadeira e ainda pela empresa Ângelo Custódio Rodrigues, S.A.

English version

Held from 10 to 25 September over a campaign carried out by Paleontologists of the ALT-Natural History Society (ALT-SHN). This year, we carried out another excavation of a dinosaur, this time in Cambelas (a small village in the west cost of Torres Vedras Municipallity). This quarry had been-intervention in 2003, and this year we opened a new sector. This deposit offered a large sauropod remains (vertebrae, femur) in the previous season here runs (in 2003), the pair of bones belonging to other smaller dinosaurs. The characteristics of the sedimentary layer where the bones fall suggest a secondary deposition of these, namely, that the remains of these animals after buried in a riverbed, have been remobilized again, perhaps an episode of major hydropower (as a great flood), which then removed these same materials and have placed in another area. The new sector-intervention defined the limits and extent of the deposit, having been found items belonging to crocodiles, fish, dinosaurs (herbivores and carnivores) and turtles.
But the field activities were not restricted only to excavations. Have been conducted paleontological prospecting work, which resulted in the discovery of three new quarrys with dinosaurs, footprints of the latter, tracks with other animals composed exclusively of tracks of turtles and possibly flying reptiles. This last finding surprised us, because its extent is enormous and is potentially suitable for a museum acquisition in situ. In this context were also recorded several deposits containing specimens belonging to the famous turtle fossil of Torres Vedras,
Selenemys lusitanica. The team also proceeded to monitoring and minimizing the impacts of many fossil sites in the municipality of Torres Vedras, with difficult access and where excavation is impossible, in order to get new recording remains exposed by erosion of the cliffs and try to exhume as many elements as possible, in so do not miss these important findings and recover as much scientific information.
3D Registration of paleontological remains
The major innovation this year, however, was the beginning of the use of 3D images on the field. There are hundreds of vertebrate fossil sites recorded in the Geographic Information System Applied to Paleontology, developed by our Department of Geographic Information, tracks of footprints, large block containing dinosaur bones, which in many cases are in line tidal or by location at the bottom of the cliffs of the County are virtually impossible to remove. Not to miss this information, we proceed to the 3D for the purpose of safeguarding and future memory, scientific study in the laboratory and museum application in future cases. We are very pleased with the application of these new technologies and are developing partnerships in order to fully exploit its applicability in the paleontological heritage of Torres Vedras. In addition to the members of the ALT-SHN, participated on these field works geology students attended the University of Lisbon and researchers of the Evolutionary Biology Group at UNED (Madrid, Spain).
The work was supported by the city of Torres Vedras, Parish of São Pedro da Cadeira and the company Ângelo Custódio Rodrigues, SA

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Nova Campanha Paleontológica 2011/New Paleontological Field Work, 2011

Amanhã, dia 10 de Setembro iniciamos mais uma fase de trabalhos de campo. Desta vez, vamos escavar um dinossauro saurópode. Uma segunda equipa vai proceder ao levantamento a 3D de pegadas de dinossauros. Os trabalhos irão decorrer de 10 a 18 (trabalho de campo) e de 19 a 25 (trabalhos de laboratório). Vamos lançando algumas imagens e noticias aqui (e no FB) para vos ir dando conta...
Tomorrow, September 10th we will start another season of field work. This time we'll dig a sauropod dinosaur. A second team will proceed to a 3D survey of dinosaur footprints. Work will take place from 10 to 18 (field work) and from 19 to 25 (laboratory work). We'll put some pictures and news here and at FB, so you can follow the results of the work.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Escavação paleontológica de emergência sobre uma baleia fóssil, em Lisboa

Escavação das mandíbulas
Decorreu no passado mês de Junho uma Sondagem Paleontológica de Diagnóstico, com carácter de emergência, que visou a detecção e salvamento de restos osteológicos de uma baleia fóssil, no Miocénico de Lisboa. A descoberta de duas mandíbulas deste cetáceo fóssil ocorreu durante o Acompanhamento Arqueológico da abertura de valas no âmbito do Projecto "Linhas Eléctricas Enterradas, Lote 3-Troço Alto de S. João/Sacavém a 220kV," promovido pela REN S.A., concretamente na Rua Cidade de Luanda (Concelho de Lisboa, Freguesia de Olivais), por arqueólogos da empresa Novarqueologia, Lda. Dada a relevância do achado, a empresa de arqueologia responsável pelo Acompanhamento Arqueológico contactou o Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT-SHN, para que fosse executada uma Sondagem de Diagnóstico, de forma a avaliar o grau de preservação do exemplar, bem como proceder à remoção e registo dos elementos osteológicos presentes.

Consolidação do exemplar
Engazamento para extracção
Mandíbulas, após escavação
Relativamente aos restos fósseis encontrados, estes correspondem a dois sectores mandibulares de um mesmo indivíduo, não estando em ambas preservada a terminação posterior, que incluiria os processos coronóides e angulares. Parte da mandíbula foi fracturada durante o processo de abertura da vala no âmbito deste projecto, ainda que os maiores danos tenham sido causados pela vala para implantação de condutas de gás, já existente. O apreciável estado de conservação, bem com um posicionamento próximo da posição de vida (apenas com ligeiro deslocamento lateral das terminações anteriores bem como uma ligeira vergência para o lado direito) permitiu considerar a hipótese de encontrar mais restos desta baleia fóssil, nomeadamente cranianos. Restos posicionados posteriormente a estas mandíbulas (e.g. vértebras cervicais e dorsais), se preservados, terão provavelmente sido removidos e danificados durante a abertura da vala de colocação de gás. Procederam-se aos trabalhos de escavação e remoção das mandíbulas, e localização de possíveis novos restos, pesquisa que não obteve sucesso. Numa primeira análise, é possível concluir que estamos na presença de uma baleia pertencente à subordem Mysticeti, sendo contudo difícil de determinar a sua família (famílias prováveis: Cetotheriidae, Balaenidae, Balaenopteridae).

Do ponto de vista estratigráfico, os sedimentos que continham estes restos osteológicos correspondem à transição entre o Miocénico médio a superior, mais precisamente aos Calcários de Marvila, com idades atribuídas ao Serrevaliano superior/Tortoniano Inferior (entre 13.65 e 11.60 Milhões de anos).  A sua riqueza em cetáceos fósseis encontra-se já documentada pelos diversos restos fósseis, incluindo diversos crânios parcialmente completos, existentes no Museu Geológico do LNEG.

Esta não foi a primeira cooperação entre o LPP da ALT-SHN e a empresa Novarqueologia, uma vez que em 2007 a equipa do LPP foi chamada a escavar parte de uma tartaruga (Plesiochelis?) do Jurássico superior de Torres Vedras, igualmente numa obra da REN, mostrando claramente que aumenta a consciência e interesse na preservação do Património Paleontológico.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Curso de Autocad - Outubro e Novembro de 2011

Os Departamentos de Informação Geográfica e de Educação e Formação da ALT-Sociedade de História Natural organizam um Curso de AutoCAD, que se realizará de Outubro a Novembro de 2011.

A Formação será dada por Alexandre Santos, profissional com mais de 20 anos de experiência como formador e utilizador de AutoCad, na organização de um curso que tem como objectivo dotar os formandos das competências necessárias para trabalhar de forma autónoma. Os participantes deverão ficar aptos a utilizar os recursos essenciais do AutoCAD versão 2012 para apoio e desenvolvimento de projectos de arquitectura e engenharia e do desenho técnico assistido por computador.

O Programa pode ser visto aqui.

1, 8, 15 e 22 de Outubro + 5, 12, 19 e 26 de Novembro
das 9 às 19h - total de 70H de Formação

7 a 14 participantes
300€ sócios / 350 € não sócios*

*Existe a possibilidade de pagar em 2 prestações de 150/175€ cada uma - a primeira no acto da inscrição e a segunda até dia 22 de Outubro.