CONFERÊNCIAS do GeoFCUL
23 de Fevereiro às 14h30 na sala 6.2.56 do Edifício C6 na Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa
14h30 - Equinodermes a diversas escalas
por
Bruno Pereira, GeoFCUL
Os equinodermes são animais exclusivamente marinhos e relativamente abundantes nos oceanos actuais. Dentro do grupo dos equinodermes, os animais mais conhecidos são certamente os ouriços do‐mar e as estrelas‐do‐mar. No entanto, o grupo dos equinodermes não se restringe apenas a estes animais. Engloba uma multiplicidade animais de diversas formas e tamanhos, podendo algumas delas
parecer estranhas. Umas das principais características destes animais é possuírem um endosqueleto calcítico (composição que facilita a sua fossilização). Este endosqueleto é constituído por diversas peças calcíticas. A essas peças dá‐se o nome de ossículos. Os ossículos encontram‐se ligados entre si através de tecidos orgânicos moles. Com a morte do animal e a degradação da matéria orgânica, facilmente esses ossículos são desagregados e transportados. Impossibilitando que sejam preservados organismos completos com os diferentes ossículos em articulação. Desde o início do estudo dos equinodermes apenas eram estudos os macrorrestos destes animais. Toda a sua sistemática era baseada nas características morfológicas do organismo completo. Até mesmo nas formas fósseis apenas eram efectuados estudos aprofundados em fósseis que possuem vários ossículos em posição anatómica. No entanto, o registo fóssil de ossículos isolados de equinodermes é mais abundante que os organismos completos encontrados. Torna‐se portanto importante o estudo dos ossículos isoladamente.
O registo fóssil deste grupo parece também indicar que seriam bastante abundantes no passado, à semelhança do que acontece actualmente. Restos de equinodermes são facilmente encontrados em rochas formadas em ambientes marinhos, de pequena a grande profundidade. O facto de serem animais exclusivamente marinhos confere‐lhes importância como indicadores paleoambientais. Durante a palestra serão focados diversos aspectos da morfologia do endosqueleto dos equinodermes a diferentes escalas. Apenas se falará dos 5 grupos de equinodermes existentes, crinóides, ofiuróides, equinóides, asteróides e holoturóides, salientando que outros existiram no passado.
parecer estranhas. Umas das principais características destes animais é possuírem um endosqueleto calcítico (composição que facilita a sua fossilização). Este endosqueleto é constituído por diversas peças calcíticas. A essas peças dá‐se o nome de ossículos. Os ossículos encontram‐se ligados entre si através de tecidos orgânicos moles. Com a morte do animal e a degradação da matéria orgânica, facilmente esses ossículos são desagregados e transportados. Impossibilitando que sejam preservados organismos completos com os diferentes ossículos em articulação. Desde o início do estudo dos equinodermes apenas eram estudos os macrorrestos destes animais. Toda a sua sistemática era baseada nas características morfológicas do organismo completo. Até mesmo nas formas fósseis apenas eram efectuados estudos aprofundados em fósseis que possuem vários ossículos em posição anatómica. No entanto, o registo fóssil de ossículos isolados de equinodermes é mais abundante que os organismos completos encontrados. Torna‐se portanto importante o estudo dos ossículos isoladamente.
O registo fóssil deste grupo parece também indicar que seriam bastante abundantes no passado, à semelhança do que acontece actualmente. Restos de equinodermes são facilmente encontrados em rochas formadas em ambientes marinhos, de pequena a grande profundidade. O facto de serem animais exclusivamente marinhos confere‐lhes importância como indicadores paleoambientais. Durante a palestra serão focados diversos aspectos da morfologia do endosqueleto dos equinodermes a diferentes escalas. Apenas se falará dos 5 grupos de equinodermes existentes, crinóides, ofiuróides, equinóides, asteróides e holoturóides, salientando que outros existiram no passado.
15h30 - Observação de fósseis de equinodermes & pausa para café (vulgo, coffee break)
Participação livre
Participação livre
16h00 - Equinóides do Neogénico de Portugal
por
Pedro Pereira, Universidade Aberta.
A presença de equinóides no Neogénico de Portugal é conhecida, pelo menos, desde há cerca de 180 anos. Durante este período de tempo, foram publicados 36 trabalhos com referências à ocorrência deste grupo de equinodermes em Portugal continental. No entanto, apenas seis apresentam descrições sistemáticas detalhadas e, destes, apenas dois se referem a mais de uma espécie. No total, até 2003, tinham sido descritos 42 taxa do Miocénico e uma espécie do Pliocénico. A revisão sistemática da fauna de equinóides neogénicos foi publicada em 2010, tendo sido descritas 41 taxa, entre os quais um género e uma espécie novos para a ciência, do Miocénico da Bacia do Baixo Tejo e Algarve e 2 taxa do Pliocénico da Bacia do Mondego. Das espécies miocénicas anteriormente referidas 22 foram excluídas da lista de espécies aceites.
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