sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dentes de terópodes (alguns deles enormes) portugueses no X Congresso Anual da EAVP


O registo de dinossáurios terópodes do Jurássico Superior conhecido na Bacia Lusitânica inclui abundantes dentes isolados de dinossaurios terópodes recolhidos, sobretudo, em sedimentos do Kimmeridgiano médio ao Titónico superior. A identificação de diversos morfotipos relacionados tanto a formas basais de grande porte como a táxones de pequenos coelurossáurios sugere uma maior diversidade entre estas faunas relativamente à conhecida actualmente com base em restos não dentários. 

No X Congresso Anual da EAVP, celebrado em Junho passado na Fundación Conjunto Paleontológico de Teruel – Dinópolis, foi apresentada uma análise da diversidade de terópodes não-avianos do Jurássico Superior português com base em morfotipos dentários pertencentes à Colecção Paleontológica do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT-Sociedade de História Natural. Os morfotipos geralmente identificados a Allosauroidea e Ceratosauria são bastante abundantes e relativamente bem conhecidos no registo da Bacia Lusitânica, em alguns casos ocorrendo associados a outros restos craniais e pós-craniais. Uma característica surpreendente da associação de morfotipos dentários conhecida actualmente no Jurássico Superior português é a abundância e diversidade de formas mais derivadas relacionadas a pequenos coelurossáurios. Têm sido descritos dentes identificados aos morfotipos geralmente relacionados a Compsognathidae, Dromaeosauridae, Troodontidae, Tyrannosauroidea, aff.Richardoestesia e aff. Paronychodon. 

As associações de pequenos terópodes conhecidas com base em material dentário sugerem um incremento na diversidade entre estas formas de coelurossáurios à medida que se ampliem os trabalhos de prospecção. 

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