O registo de dinossáurios terópodes do Jurássico Superior
conhecido na Bacia Lusitânica inclui abundantes dentes isolados de dinossaurios
terópodes recolhidos, sobretudo, em sedimentos do Kimmeridgiano médio ao
Titónico superior. A identificação de diversos morfotipos relacionados tanto a
formas basais de grande porte como a táxones de pequenos coelurossáurios sugere
uma maior diversidade entre estas faunas relativamente à conhecida actualmente
com base em restos não dentários.
No X Congresso Anual da EAVP, celebrado em Junho passado na
Fundación Conjunto Paleontológico de Teruel – Dinópolis, foi apresentada uma
análise da diversidade de terópodes não-avianos do Jurássico Superior português
com base em morfotipos dentários pertencentes à Colecção Paleontológica do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT-Sociedade de História Natural. Os morfotipos geralmente identificados a
Allosauroidea e Ceratosauria são bastante abundantes e relativamente bem
conhecidos no registo da Bacia Lusitânica, em alguns casos ocorrendo associados
a outros restos craniais e pós-craniais. Uma característica surpreendente da
associação de morfotipos dentários conhecida actualmente no Jurássico Superior
português é a abundância e diversidade de formas mais derivadas relacionadas a
pequenos coelurossáurios. Têm sido descritos dentes identificados aos
morfotipos geralmente relacionados a Compsognathidae, Dromaeosauridae,
Troodontidae, Tyrannosauroidea, aff.Richardoestesia e aff. Paronychodon.
As associações de pequenos terópodes conhecidas com base em
material dentário sugerem um incremento na diversidade entre estas formas de
coelurossáurios à medida que se ampliem os trabalhos de prospecção.
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