quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fóssil de cobra gigantesca e implicações paleoclimáticas


Descobertos na Colômbia, em rochas de idade paleocénica, os fósseis da maior cobra até agora conhecida.
Era tão grande como um autocarro e tão pesada como um pequeno carro. Esta é a descrição no comunicado que anuncia o achado recordista que hoje merece destaque na revista Nature. É a maior cobra do mundo.

É sul-americana, estima-se que pesaria cerca 1,140 quilogramas e teria 13 metros de comprimento. Viveu na Colômbia há já cerca de 60 milhões de anos, no Paleocénico.
Uma equipa de paleontólogos recuperou os restos fossilizados daquela que será a maior cobra que terá existido à face da terra e relata os pormenores do achado na edição da Nature. Os seus descobridores chamaram-lhe Titanoboa cerrejonensis e pensam que as dimensões deste animal poderão fornecer pistas importantes sobre o clima e a evolução dos ecossistemas durante o período em que viveu.

O paleontólogo Jason Head, da University of Toronto-Mississauga (principal autor do artigo publicado na Nature), admite que os dados obtidos sugerem que o fóssil em questão (uma vez considerando os elementos paleocológicos do contexto da jazida), viveria numa região cuja temperatura há aproximadamente 60 milhões de anos oscilava entre os 30 a 34 graus celsius (86 a 93 Fahrenheit). A estimativa revela um clima tropical mais quente no passado, cerca de cinco graus que o máximo verificado actualmente nesta região. Segundo afirmou “O ponto chave nesta descoberta é funcionar como ponto de partida para reconstruções climáticas muito precisas. Vai ajudar a perceber como os ecossistemas respondem às mudanças climáticas e a entender melhor o que acontece quando as temperaturas aumentam e diminuem. É, obviamente, um conhecimento muito relevante no actual momento de mudanças climáticas”.

Texto adaptado do Público e modificado de http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=270
Direitos das imagens reservados

MAIS INFORMAÇÕES:

Notícia na Nature.

Artigo original na Nature.

Notícia no Público.

Cobras na Wikipedia.


Sem comentários: